Ana e a batata...



Poderia se chamar Arianita, Arruelita, Aristidieltica... Seja lá o que fosse. Isto seria decidido pelos pais mesmo. Mas não digo uma irmã parecida. Porque se fosse parecida, seria feia que dói. Mas se fosse o inverso do Arielton. Se ela fosse totalmente diferente deste canalha a quem chamo de amigo... Seria interessante.
Pra começo de historia ela seria bonita, qualidade que este vivente não possui. Seria inteligente (desculpa aí Arielton), impulsiva, sociável e brigona... Dessa ultima eu gostei. Na verdade, brigona foi por ideia do próprio Arielton: Um dia destes eles descreveu uma briga de menina e, pelos acontecimentos descritos só haveria um tipo de menina que faria aquilo: sua Irmã (se ele tivesse uma, claro). Mas nem isso aquele inútil tem pra ajudar os amigos... Fazer o que? Tudo bem, né.
Digamos que ela se chamasse Ana. O que de certa forma, eu considero um nome agradável e fácil de pronunciar... Bom, Ana tem as características que já citei acima. Detalhes? Deixe-me ver: ela tem quase 1,7m, cabelos lisos pretos, magra (diga-se magra gostosa), pernas bem torneadas, pele clara, um olhar maldoso (praticamente uma personagem de conto erótico!) e principalmente, ela é rica. Adorei. Se ela existisse eu a pediria em casamento.
Ana vai a feira fazer compras. A feira é enorme e muito movimentada. Lugar incrível. Rapaz... Dá até pra se perder lá dentro. Ana encontra Juliana, sua amiga de escola. Cumprimentam-se, trocam fofocas, falam mal das outras, falam dos veadinhos que elas estão pegando. Desculpem aí, mas rapaz (e meu concorrente) que menina acha bonito, pra mim é veado. Menos eu, claro. Sou tão viril que já saio de casa com a camisinha no pau.
Chegam a barraca das batatas e começam a encher suas sacolas. Por uma coincidência, ambas põem as mãos sobre a mesma batata. Riem. Tudo bem, você pode largar, esta é minha. Mas Juliana não larga. Ana cuspe fogo pelos olhos... Elas têm gênio forte e acabam por disputar a mesma batata.
- Ana deixe de ser vaca. Vai brigar por uma batata?
- Não, eu não pretendo brigar, desde que você a largue.
- Largo nada. Tenho o mesmo direito que você.
E começam a puxar. Uma de cada lado como um cabo de força ou, “batata de força”.
Ana, pavio curto, se irrita de vez e decide partir pra agressão física. Juliana que também é metida a valentona, encara Ana.
- Eu não tenho medo de você não. - Juliana grita. - Que me bater?
Bata-me! Eu quero ver!
Neste momento Juliana leva um chute na barriga e se curva até cair de joelhos. Na sua frente, Ana se abaixa rapidamente, belisca seus mamilos e põe-se a correr loucamente, em meio à multidão com a batata conquistada, gritando: 'Caçapimba! Caçapimba!'
O que significa “Caçapimba”? Boa pergunta; eu também não sei. Pergunte para o Arielton. Afinal, foi ele quem inventou essa palavra e a pôs no relato que me descreveu e também, se esta garota existisse, seria irmã dele e não minha.

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