O murro que lhe acertei na testa não derrubou, apenas deixou
o idiota mais furioso ainda. Empurrou-me com as duas mãos e eu caí de costas
sobre as cadeiras velhas do bar. Elas não se quebraram como nos filmes, pude
sentir uma ponta de madeira tentando penetrar meus músculos ao cair sobre elas.
E, logo em seguida um estrondo. Apaguei. Quando abri meus olhos, não sabia onde
estava. Levei alguns segundos até recordar os últimos minutos antes de cair. Senti
uma casca sobre meu rosto (sangue ressecado e grudado na pele). O cheiro de
sangue e lixo ardia às narinas. Sentia-me pesado, mais pesado que de costume e
ao tentar me levantar, todos os músculos do corpo doíam. Caralho! Me chutaram,
me atropelaram de pancadas enquanto estava desmaiado, e, provavelmente fui
trazido para a rua aos chutes também. Me levantar e conseguir chegar em casa
vai ser um desafio.
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