Marvin, com mais de um
metro e noventa de altura, músculos bem desenvolvidos e todas
aquelas cicatrizes de corte pelo rosto, não parecia ser uma pessoa
muito receptiva. Na verdade, estas cicatrizes era resultado de um
acidente de carro em que todos os estilhaços do parabrisa atacaram
seu rosto. E doeu? Uma garotinha perguntou. Não, eu estava bêbado
demais para sentir qualquer coisa. Até mesmo para respirar. Só não
morreu sufocado com o próprio sangue, porque alguém usou a própria
camiseta para enxugar os sangue que escorria pelo seu rosto enquanto
os paramedicos não chegassem.
Nota #139
Eu sei, eu sei, ando
me arrastando pra escrever qualquer coisa. Chega um ponto que tudo
parece repetitivo. Não suporto mais falar de sexo, ou coisas do
tipo. Quero algo novo!
Lendo Tolkien,
George Martin, Palahniuk, Bukowski e até literatura infanto juvenil.
No entanto, tudo que me vêm à cabeça são personagens. Em minha
vida não está acontecendo nada que mereça ser registrado e em
minha imaginação só aparecem perguntas!
Nota #138
Não poderia ser
mentira! como seria?- os pensamentos de Jeiny não paravam de rodar,
com sua imaginação a mil...
Nem sempre os
acontecimentos saem como prevemos, ou imaginamos que estamos
prevendo. Jeiny imaginou ter tudo sob controle até ser
surpreendida. Ela não foi surpreendidas com as flores e o bilhete
mandados pelo garoto, mas foi surpreendida por passar tempo demais
pensando nele.
Já se passaram
duas semanas e ela simplesmente não consegue para de pensar nele. Em
outros tempos, poderia se relacionar e terminar com os homens
facilmente. Agora, simplesmente não conseguia. Não conseguia
controlar seus próprios sentimentos!
Sentia-se estranha
e confusa. Não sabia o que fazer.
Não poderia dizer
que era pelo sexo, afinal, ainda nem tinha transado com ele. O que
poderia ser? Por que sentia-se assim?
Nota #137
"Estava sentada de pernas juntinhas sem cruzá-las para não mostrar a calcinha branca sob a minissaia jeans, mas só percebi isso após me desprender de seus olhos azuis que brilhavam com o sorriso mais lindo do mundo enquanto me esperava no ponto de ônibus!"
Nota #136
Acordei com uma puta
dor de cabeça. Ela dormia pesado, mas sua respiração era leve quase inaudível. O sol entrando pelas frestas da janela iluminava levemente o quarto. Os lencóis eram brancos. Toda a mobília do
quarto estava muito acima do que eu poderia pagar. Havia duas
portas, e descobri que a porta semi aberta era o banheiro. Urinei,
lavei as mãos e o rosto e fiquei me encarando no espelho ao tentar
lembrar da noite anterior. Apenas flashes.
Me vesti e tentei
sair sorrateiramente. A porta estava trancada e sem as chaves. Então
voltei ao quarto e tentei acordar a garota sutilmente. Ela acordou,
sorriu e era um sorriso grande, largo e contagiante. Não resisti. Me
despi e adormeci ao seu lado novamente.
Nota #135
Belos olhos negros que me fitavam enquanto engatinhava sobre
a cama, e seus cabelos desalinhados lhe caiam sobre o rosto dando um tom
selvagem na coisa toda. Como resistir? Lingerie combinando com seu batom. Cinta
liga e uma chibata entre os dentes... Minhas mãos presas não poderiam
agarrar-lhe pelos cabelos e joga-la contra a parede. Não, assim preso eu não
seria o dominador da noite. Não nesta noite!
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